dimanche 21 novembre 2010

Les Mandarins


Les Mandarins é um desses livros que estava nos meus planos há alguns anos e levei bem menos tempo do que pensava para a leitura dos dois volumes, cada um com mais ou menos 500 páginas nessa edição de bolso que comprei aqui mesmo em Curitiba, na FNAC. Não me lembro mais quanto paguei, mas não foi caro.

O livro começa logo depois do final da segunda guerra, mostra a euforia inicial, a alegria do recomeço, mas também a dor e o desespero de alguns personagens por terem perdido pessoas queridas, Nadine, por exemplo perde o namorado judeu, outro personagem perde a namorada também judia e ainda desconfia que o próprio pai pode tê-la entregado aos alemães. O universo é o intelectual, escritores, comunistas, jornalistas, pessoas que trabalharam juntas na resistência. Aprende-se bastante sobre a época com Beauvoir. Esse era o universo dela e de Sartre, na verdade. Há muito de auto-biográfico aqui.

Há uma parte em que Anne, uma das personagens principais, está viajando pela América Central com seu amante americano, num dado momento ela diz: Eles parecem felizes, estes índios. E Lewis, o amante americano, dá de ombros e responde: "É fácil dizer isso, quando a gente passeia por Little Italy numa bela tarde ensolarada, as pessoas também parecem felizes". Ela termina concordando com ele, percebe que seu olhar foi superficial. Eu achei interessante porque quando estamos viajando às vezes fazemos mesmo isso, julgamos muito rápido, pelo nosso humor ou baseado no nosso modo de vida.

O livro está disponível na Babel, é preciso tempo e disposição, mas vale a pena.

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