dimanche 18 juillet 2010

L'étranger

Muitas críticas e resenhas sobre este livro, mostram Mersault, o personagem principal, como alguém que passa por uma crise existencialista que resulta num vazio sem precedentes. Parece uma análise um pouco fatalista e até superficial, Mersault é muito mais que isso! Ele é um homem que não tem ambições e que não se surpreende e nem se impressiona com facilidade. Uma pessoa que lida com a vida e com a morte da mesma forma: aceitando ambas como o curso natural da existência.

Este personangem, tão apaixonante quanto repugnante, conduz as imagens e sensações que o enredo desperta no leitor. A notícia da morte de sua Mãe coloca em seus planos uma viagem com a intenção de resolver os detalhes do velório; entretanto, esta viagem traz consigo uma mulher que desvia sua atenção do velório para um romance. Em meio a olhares que o condenam pela ausência do sofrimento, ele encontra Marie, alguém que passa a fazer parte de sua vida e modifica um pouco sua rotina.

Mersault vive só em um pequeno studio, mantém um bom relacionamento com seus vizinhos e não se impressiona quando um deles pede ajuda para uma espécie de vingança contra uma ex-namorada. É a partir daí que tudo se transforma. É a partir desse momento que o leitor precisa decidir se ama ou odeia este homem comum. Uma arma, alguns tiros e uma mudança radical na história transformam Mersault em um assassino vulgar ou em uma pessoa com um fundo psicológico interessante e profundo, cabe ao leitor decidir qual dos dois quer enxergar.

Embora seja um clássico da literatura francophone, a linguagem utilizada por Albert Camus é acessível ; a leitura é agradável e muito interessante. Bom para estudar o français e melhor ainda para conhecer um ser humano diferente e intrigante, que leva o leitor a uma reflexão profunda sobre a vida e a morte.

Et voilà, fica a dica!
À tântot!
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Livro disponível na Babel (vários exemplares)

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