lundi 12 avril 2010

Clube do Livro



CLUBE DO LIVRO

9-4-2010

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Mais uma reunião do Clube do Livro, da Babel Language Group, teve lugar na última sexta feira. Dia de muita agitação com palestra sobre imigração para Canadá, Québec em especial; reunião de conversação regida pela professora “Célia”, recém chegada da França e, evidentemente a reunião do Clube do Livro.


Participaram da reunião do Clube, Alessandra, Nair, Getúlio e, entre uma corrida e outra para atender os visitantes, Leila.


Alessandra abriu a reunião falando sobre o livro, “Adultos Índigo”, da Editora Novo Século.

Em sua apresentação Alessandra evidencia a relação entre o adjetivo “Indigo”, com a teoria da Física Quântica.

Trata-se de uma obra escrita pela psicóloga Ingrid Cañete em que é discutida a “evolução” por que passam os seres humanos desde a condição de “Crianças Índigo”. Segundo as manifestações sobre o tema “Crianças Índigo” seriam crianças que possuem uma super dotação intelectual, são hiperativas... Ora, os “Adultos Índigo” seriam o passo seguinte na escala da vida dessas pessoas que nasceram com tais características.

A explicação para o fenômeno estaria na existência de uma terceira fita de DNA desses indivíduos fato que representaria uma mutação em marcha na raça humana.

Bem a apresentação revela o desenvolvimento de terapias e de informações para compreender-se e poder-se lidar com essa questão nada simples.

A segunda parte do livro, segundo Alessandra, reveste-se de conteúdo extremamente técnico, explicativo da Física Quântica, que estaria na base das modificações biológicas relatadas. Assim, nessa área de conhecimento interrelacionam-se pontos de vista da Física e da área da Consciência Humana. E, pasmem, há um grupo desse campo de estudos em Curitiba.


Nair falou a seguir sobre o livro “El Salvage” de Horácio Quiroga, da Editora “Alianza Losada”.

Segundo Nair, Quiroga é, sobretudo um contista e este livro é a recompilação de contos já publicados esparsamente e que se reuniram em livro nos anos 20 do séc. XX.

Segundo uma auto visão, autor vivera junto ao que chamou de selva, ou seja, uma vida rude, cheia de vicissitudes; perdeu o pai lá pelos 6 meses de vida e, aos 16 anos de idade teve que enfrentar o suicídio do padrasto. Estes e outros fatos o colocam sempre frente a frente com a fatalidade.

Na apresentação, Nair mantém fulcro no conto “Três cartas e um pé”.

Trata-se de obra que expõe um diálogo epistolar entre uma mulher e o próprio Quiroga.

A mulher pretende que se lhe publique uma obra, mas como é desconhecida recorre ao eminente escritor para que, com a nomeada de que se reveste possa fazer publicar o texto da referida senhora.

O texto da senhora conta as observações de uma mulher que, viajando de bonde, pelas manhãs, indo ao trabalho, vai constatando e registrando as diferentes atitudes masculinas no que se refere ao tópico sedução.

É um conto digno de se ler ante o desfecho estabelecido.

Leila, a seguir, iniciou sua apresentação sobre uma “Biografia de Marguerite Yourcenar, escrita por Josyane Savigneau, tida como a melhor biografia da autora.

Leila que quando de sua residência na Bélgica sempre passava pela rua em que morara Yourcenar sempre buscava reconhecer a casa em que havia residido a famosa e bela escritora. Posteriormente acabou de descobrir que, na verdade a casa havia sido posta a baixo.

As tarefas do Sécretariat e as visitas ininterruptas não permitiram a continuidade da apresentação.

Finalmente, coube a Getúlio encerrar a reunião e falou “novamente” sobre a figura de Catullo da Paixão Cearense, Poeta, Músico e Cantor brasileiro que encantou muitas gerações com suas “modinhas” de cunha romântico e de uma brasilidade profunda.

Retomar os textos de Catullo é sempre um prazer, pois sempre se descobrem novas imagens que passaram desapercebidas.

Além disso, “O Luar do Sertão”, música que correu o mundo é de uma beleza tão singela que continua a encantar a sensibilidade das gentes. Outra canção de um romantismo apurado com poesia irreparável leva o título de “Ontem ao Luar” que revela um diálogo entre dois amantes cujo princípio repousa sobre a indagação proferida pela mulher enamorada: “O que é a dor de uma paixão”. Esta canção teve uma recente gravação interpretada por Marisa Monte que vale a pena ser ouvida, tão bem que ficou.

Uma terceira canção de nome “Oh! Lua Branca”, de temática muito semelhante pode enganar-nos e levar-nos a pensar que se trata de composição de Catullo, mas, na verdade é uma belíssima canção de composição de “Chiquinha Gonzaga” cuja contemporaneidade com Catullo nos permite inferir sobre as mesmas fontes de influência.


Catullo e Chiquinha, vale a pena ler e ouvir.

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